A produção de conteúdo em vídeo faz muito sucesso hoje em dia — tanto é que o YouTube, uma das maiores plataformas para compartilhamento desse tipo de material, já conta com 1,9 bilhão de usuários mensais.
Mas você sabe quais são os tipos de formatos de vídeo que você pode utilizar em sua estratégia?
Tanto para postar no YouTube como em outras plataformas de hospedagem, saber diferenciar um arquivo FLV de um MKV, por exemplo, é essencial para quem quer vídeos profissionais.
Isso porque alguns formatos podem comprometer o resultado da produção em qualidade.
Acompanhe e entenda!
Cada um dos formatos de vídeo precisa de aplicações para gravação e execução específicas.
Quando a plataforma que você quer utilizar não consegue reproduzir seu material, os CODECs entram em ação: são programas que codificam e decodificam o arquivo.
Parece complicado, não é? Mas é tudo uma questão de compatibilidade. O YouTube, por exemplo, já consegue suportar vários formatos de vídeo.
Mas, dependendo de que tipo é o seu arquivo, você precisa de conversores para transformar o formato em outro que possa ser interpretado pela aplicação ou sistema operacional que você usa.
Por isso, vale a pena conhecer os principais e entender suas particularidades de reprodução.
O AVI (Audio Video Interleave) é um formato desenvolvido pela Microsoft e um dos primeiros compressores de vídeo criados. Para reproduzi-lo, você precisa de aplicações como o Windows Media Player.
Em relação à qualidade, é um formato simples, que guarda em um mesmo arquivo as faixas de áudio e os dados de imagem. Portanto, é comum que haja alguma perda de dados na compressão e, com isso, o vídeo não tenha 100% da qualidade de gravação no ato de visualização.
O WMV/WMA (Windows Media Video/Audio) é um formato desenvolvido pela Microsoft como um substituto do AVI. Esses arquivos são compatíveis com o YouTube e conseguem preservar a qualidade mesmo em tamanhos menores de compressão.
Um detalhe bacana é que esse formato conta com o fluxo contínuo de dados. Isso significa que você pode começar a reproduzi-lo sem baixá-lo por completo, o que é ideal para streaming na internet (exatamente como no YouTube).
O MOV é um concorrente direto do AVI, criado pela Apple. Seu reprodutor padrão é o QuickTime Player, mas aplicações como o Microsoft Windows Media Player também conseguem rodá-lo.
A grande vantagem dele em relação ao “rival” é que a perda de dados é bem menor na compressão. Assim, mesmo em arquivos bem pequenos, o MOV consegue entregar faixas de áudio e vídeo com boa qualidade.
A Adobe também tem seu próprio formato de vídeo: o FLV. Esse é o tipo de arquivo mais indicado para reprodução no YouTube, já que a plataforma conta justamente com a tecnologia Flash Player. O TV Ig é outro site de streaming que usa o sistema da Adobe.
Os vídeos em Flash são compatíveis com a maioria dos sistemas operacionais e têm extensões que permitem a incorporação de faixas de imagem em alta definição. Por esses motivos, o formato é muito bem-vindo na hora de gravar vídeos com o intuito de compartilhá-los na web.
O formato RM foi desenvolvido pela Real Networks, uma das empresas concorrentes da Microsoft. Para reproduzi-lo, o computador precisa ter o programa RealPlayer ou o Real Alternative, um pacote de CODECs compatível com o Windows.
A técnica de compressão desse formato é feita com um bitrate fixo, ou seja, uma medida predeterminada de dados transmitida em certa quantidade de tempo.
Um tanto complexo, não é? Nós também achamos! Mas o fato é que essa técnica faz com que os arquivos fiquem altamente comprimidos e, desse modo, percam significativamente a qualidade de áudio e imagem.
Por isso, efeitos sonoros, por exemplo, podem ser perdidos nesse processo.
O RMVB, por sua vez, é um dos formatos de vídeo que deram certo. Também da Real Networks, o RMVB foi por muito tempo um concorrente de peso dos formatos da Microsoft.
Ao contrário do RM/RA, aqui a perda de dados é bem menor. Então, o formato permite arquivos pequenos — ideais para downloads rápidos —, mas com a qualidade das faixas preservada.
Por esse motivo, ele era largamente usado alguns anos atrás, quando as plataformas de streaming ainda davam os primeiros passos e o mais comum era baixar conteúdos em vídeo.
Esse é um dos formatos de vídeo mais conhecidos. Afinal, ele é típico dos dispositivos móveis e, por isso, está presente no dia a dia de muita gente.
Também compatível com o YouTube e outras plataformas de streaming, a vantagem do MP4 é que ele armazena em um mesmo arquivo as faixas de áudio, de vídeo, imagens estáticas e legendas.
Ele é uma variante do MPEG (Moving Picture Expert Group), criado com o objetivo de ser revolucionário da preservação da qualidade mesmo após compressão. Apesar de ser eficiente nesse sentido, o MPEG normalmente precisa da instalação de CODECs.
Por isso, o MP4 é uma saída mais prática.
O MKV é visto como um dos formatos de vídeo mais promissores do mercado por causa de uma característica diferenciada: a democratização de recursos.
Criado pela Matroska Association, ele consegue codificar elementos de praticamente todo tipo, como faixas de áudio, vídeo, legendas, arquivos JPEG, filtros e muito mais em um único contêiner.
Além disso, ele é conhecido por ser um formato “aberto”: usuários podem sempre sugerir alterações e, por isso, ele dificilmente perde o caráter inovador.
A desvantagem do MKV é que ele ainda não é compatível com os sistemas operacionais que usamos (Windows, macOS e Linux). Por isso, é preciso instalar CODECs para a reprodução dos conteúdos, o que consome consideravelmente o processamento das placas de vídeo.
Por último, o formato 3GP é próprio para dispositivos móveis. Desenvolvido pela 3rd Generation Partnership Project, seu grande diferencial é que ele permite a visualização e o download com menos consumo de banda larga do que o MP4.
Outro benefício é que o arquivo comprimido fica bem pequeno. Assim, ele é ideal para quem tem um vídeo preferido e gosta de acessá-lo constantemente, já que pode ficar guardado no dispositivo sem consumir muita memória.
No entanto, seu ponto negativo é que a perda de dados é significativa. Então, o resultado exibido após download pode ter a qualidade inferior ao original em termos de imagem e som.
Agora que você conheceu os principais formatos de vídeo, leve em conta seu objetivo de exibição, a perda de qualidade durante a compressão e o tamanho final do arquivo. Todos esses aspectos fazem diferença na experiência do público e ajudam (ou atrapalham) as conversões com vídeo.
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